O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta(6), no
Palácio do Planalto, uma medida provisória destinando crédito
extraordinário de R$ 1,99 bilhão para viabilizar a fabricação de vacina contra
o novo coranavírus (covid-19) no país.
A vacina contra a covid-19 foi desenvolvida pela
Universidade de Oxford (Inglaterra) e está sendo testada no Brasil por meio de
uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
As primeiras 30,4 milhões de doses vão chegar em dois
lotes: metade, 15,2 milhões, em dezembro e a mesma quantidade em janeiro. “Com
o avanço da ciência, acreditamos que, em dezembro, talvez, já passemos o ano
novo de 2021 com pelo menos 15,2 milhões brasileiros vacinados para covid-19 e
possamos juntos construir essa nova história da saúde pública do nosso país”,
disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo
Correia.
Além desses dois lotes, mais 70 milhões de unidades da
vacina serão disponibilizadas gradativamente, a partir de março de 2021. O
medicamento está sendo desenvolvido pela farmacêutica britânica AstraZeneca, em
conjunto com a Universidade de Oxford, e já se encontra em fase de testes
clínicos em vários países, incluindo o Brasil.
A vacina contra o covid-19, desenvolvida pela
Universidade de Oxford, na Inglaterra, com testes no Brasil, poderá ficar
disponível à população ainda este ano. A afirmação foi feita por Maria Augusta
Bernardini, diretora-médica do grupo farmacêutico Astrazeneca. O grupo
anglo-sueco participa das pesquisas da universidade inglesa em parceria com
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Esperamos ter dados preliminares quanto a eficácia
real já disponíveis em torno de outubro, novembro”, disse Bernardini.
Segundo ela, apesar de os voluntários serem acompanhados por um ano, existe a
possibilidade de distribuir a vacina à população antes desse período.
“Vamos sim analisar, em conjunto com as entidades
regulatórias mundiais, se podemos ter uma autorização de registro em
caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa
disponibilizar à população antes de ter uma finalização completa dos
estudos”, acrescentou, destacando que os prazos podem mudar de acordo com a
evolução dos estudos.
Fonte: Agência Brasil
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