O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
anunciou ontem que pretende usar parte dos recursos do novo Fundeb (Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação) e de precatórios para bancar o novo programa social
que substituirá o Bolsa Família.
Não houve, porém, a divulgação do valor que cada futura
família no programa deverá receber com o novo benefício. Segundo o senador
Marcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento de 2021, o valor não deve chegar a
R$ 300.
Não é a primeira vez que o governo propõe usar recursos
da educação no novo programa. Em julho, durante a votação do Fundeb no
Congresso, o governo tentou, de última hora, usar R$ 8 bilhões do fundo para
financiar o Renda Brasil, como era chamado o programa na época.
A tentativa foi vista como uma manobra para driblar o
teto de gastos, visto que o Fundeb está fora do teto. O Congresso rechaçou a
iniciativa.
O anúncio de ontem aconteceu em pronunciamento no Palácio
da Alvorada, após reunião com ministros e líderes da base aliada.
Dinheiro de Fundeb e precatórios
Segundo o senador Marcio Bittar, o Renda Cidadã será apresentado na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) emergencial com duas fontes de receita. A primeira fonte são até 5% dos recursos novos do Fundeb, aprovados pelo Congresso em agosto.
A outra são recursos atualmente destinados ao pagamento de precatórios, que são valores devidos pelo governo a pessoas físicas ou empresas após sentença definitiva na Justiça.
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