Ao decidir que os atuais presidentes da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ); e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); não podem disputar a
reeleição na mesma legislatura, o Supremo Tribunal Federal (STF) cria um novo
ambiente eleitoral nas Casas Legislativas.
É que apesar de afetar diretamente Maia e Alcolumbre, a
votação não é específica para as próximas eleições da Câmara e do Senado. O
entendimento que será fixado pelo STF vai valer também para situações similares
no futuro.
A reeleição de presidentes na mesma legislatura tem sido
recorrente nas Assembleias Legislativas e a nas Câmara Municipais. No Rio
Grande do Norte, por exemplo, o atual presidente da AL, Ezequiel Ferreira de
Souza (PSDB), foi eleito e reeleito dentro da mesma legislatura. A eleição e
reeleição ocorreram seguidamente, em curto tempo.
Portanto, a decisão do STF vai impactar não apenas a disputa pela presidência da Câmara e do Senado, mas também terá influência direta nas eleições para as novas Mesas Diretoras das Câmaras Municipais, que acontecem no primeiro dia de 2021.
Ao proferir seu voto, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, disse que a norma constitucional “impede a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente a do primeiro ano da legislatura”.
Segundo Fux, “não há como se concluir pela possibilidade
de recondução em eleições que ocorram no âmbito da mesma legislatura sem que se
negue vigência ao texto constitucional.”
A Constituição Federal, no artigo 57, diz que é vedada a recondução de presidentes da Câmara e do Senado para o mesmo cargo dentro de uma mesma legislatura.
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