Os candidatos que sairam vitoriosos da eleição de 2020 com
promessas de aumentar o serviço público e fazer concursos para funcionários
encontrarão, no próximo ano, uma barreira legal.
Custos com o funcionalismo e contratações devem ficar
congelados durante todo o primeiro ano de mandato dos prefeitos eleitos. Uma
lei aprovada em maio deste ano pelo Congresso Nacional impede a União, os
Estados e os municípios de fazer qualquer contratação, reajuste ou reforma
administrativa que traga aumento de despesa.
A regra foi incluída na lei complementar 173, que criou o
programa federal de enfrentamento à pandemia do coronavírus. O congelamento de
vagas e salários foi a contrapartida a um alívio financeiro de R$ 125 bilhões e
à suspensão de pagamentos da dívida com a União, e vale até 31 de dezembro de
2021.
Todos os municípios do país estão submetidos à regra. Na
lei, há exceções previstas apenas para a reposição de cargos e contratações
temporárias, inclusive para prestação de serviço militar.
O secretário executivo da FNP (Frente Nacional de
Prefeitos), Gilberto Perre, critica a aprovação da regra única para os mais de
5 mil municípios brasileiros. Ele diz que as contas públicas em cidade têm
situações muito diferentes, e lembra que a crise econômica tem pressionado o
setor público a oferecer mais serviços nas áreas de saúde, educação e
assistência social.
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