Murillo prevê que a vacinação seja possível já em janeiro, mas não estimou precisamente quantas doses seriam entregues até janeiro.
"Alguns países vão começar agora em dezembro. Nós, em dezembro, não conseguimos. Nosso objetivo realmente teria que ser janeiro", afirmou. De acordo com Murillo, inicialmente, serão enviadas quantidades menores, que irão aumentando de forma progressiva.
Nesta segunda (7), após a assinatura do memorando de intenção de compra, o Ministério da Saúde anunciou o fornecimento de 70 milhões de doses pelas empresas no próximo ano.
Segundo o presidente da Pfizer, o contrato final deve ser assinado após o imunizante ser autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O concreto é que a oferta da Pfizer é de 70 milhões, com quantitativo que vai começando apenas depois de sair o registro da Anvisa, que pode ser em janeiro, e vamos aumentando esse quantitativo à medida que transcorrer o ano", disse Murillo.
Ele afirmou ainda que eventual demora do governo para assinar o contrato com a farmacêutica pode impactar no cronograma de entrega na quantidade desejada.
“Essa tem sido a dinâmica. Alguns países assinaram tempos atrás e por isso já estão começando a vacinar. No Brasil, acho que estamos perto, vamos conseguir, mas ainda não assinamos. Cria obviamente uma limitação de segurança da disponibilidade de doses", disse.
Murillo ainda frisou que está garantida a quantidade de doses ofertada ao Brasil, porém afirmou que quanto maior a demora para que o contrato seja assinado e aprovado, "menos segurança temos dessas doses lá na frente”.
"Já falei com alguns presidentes da empresa de outros países e todo mundo está precisando de quantitativo o mais rápido possível. Então, quanto mais demorar, qualquer país, em assinar, o disponível fica sendo menor", disse.
Murillo afirma que a assinatura do memorando de intenção e a divulgação, pela Anvisa, de novas regras para autorização de uso emergencial do imunizante, podem agilizar o processo.
"Vamos readequar para utilizar esse mecanismo [de autorização emergencial]. Entendemos que esse mecanismo pode ser mais rápido do que o processo da submissão contínua".
A Pfizer deu entrada no processo na Anvisa em novembro, antes mesmo de a agência definir requisitos para as farmacêuticas pedirem autorização emergencial de uso das vacinas contra a covid-19, disse Carlos Murillo.
Fonte: Bem Estar/G1
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