Originalmente, Potiguar é a denominação de importante e numerosa tribo da etnia tupi que habitava a região onde hoje se situam os estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Significa “comedor de camarão”: Potï, “camarão” e guar, “comedor”. Nossos historiadores lembram que muitos indígenas, ao se converterem ao cristianismo e serem submetidos ao batismo, adotavam o sobrenome Camarão, a exemplo de Filipe Camarão e sua esposa, Clara Camarão.
Batizado na Igreja de São Miguel, em Extremoz, RN, Filipe
Camarão, chefe nativo dos índios potiguares, foi um dos heróis da Insurreição
Pernambucana, que culminou com a expulsão dos holandeses, em meados do Século
XVII. As tropas que combateram nas célebres Batalhas dos Guararapes, comandadas
pelo indígena Filipe Camarão, pelo negro Henrique Dias e pelos descendentes de
portugueses André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira são consideradas o
embrião do Exército Brasileiro.
Filipe Camarão foi agraciado e condecorado pelo Rei D.
João IV com a mercê de “Dom”, nomeado “Cavaleiro da Ordem de Cristo”, com o
“foro de fidalgo com brasão de armas” e com o título de “Capitão-Mor de Todos
os Índios do Brasil”. A Lei Federal 12.701/2012, reconhecendo sua importância
na história do Brasil, determinou que fosse inscrito no Livro de Heróis da
Pátria — conhecido como “Livro de Aço” — depositado no Panteão da Pátria
e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, DF.
São exemplos como esse que nos fazem orgulhosos de viver
nessas belas e ricas terras e conviver com um povo alegre, ordeiro e
trabalhador. Por isso, o principal e mais conhecido gentílico de quem nasce no
Rio Grande do Norte é POTIGUAR.
Contudo, depois de alguns anos, começamos a perceber que potiguar pode ser também uma qualidade,
não exclusiva dos privilegiados que aqui nascem, mas também de todos aqueles
que, por opção, habitam e produzem neste território. Estamos, assim, delineando
a POTIGUARIDADE como a qualidade e
o caráter do potiguar, nativo ou por opção. E POTIGUARIZAR como a ação de produzir, no Rio
Grande do Norte, como um autêntico filho da terra.
Para habitar e produzir como um legítimo potiguar, é
preciso trabalhar a terra com amor, respeitando nossos valiosos recursos
naturais e utilizando-os com maestria, de modo a legar, para as futuras
gerações, um patrimônio melhorado e sustentável. Mais ainda, é preciso fazê-lo
com absoluta competência, efetividade e honestidade, tendo como princípios
fundamentais a liberdade e a ordem, com destaques para a liberdade política e
econômica e a ordem social e moral.
POTIGUARIZAR,
na nossa dinâmica sociedade, significa ainda conservar nossas tradições, ao
tempo em que as reconciliamos com a necessária evolução política, econômica,
social e tecnológica que o vertiginoso Século XXI exige.
Há muitos cidadãos POTIGUARIZANDO em nossa terra, o que implica
também estimar o próximo e defender como fundamental a raça humana, sem
discriminação de qualquer espécie e com absoluto respeito à diversidade. E
percebo nitidamente que POTIGUARIZAM aqueles que souberam se
posicionar nesse ambiente adequado aos novos tempos, ou seja, aqueles que
comungam os mesmos princípios conservadores e liberais que estão revitalizando nosso
povo, após décadas de atrasos socialistas, cujos representantes aliaram extrema
incompetência a exorbitantes níveis de corrupção.
Fica, então, o convite: vamos POTIGUARIZAR,
cada vez mais, incentivando todos os que integram nosso ambiente social ou de
trabalho a fazerem o mesmo. O desafio está lançado. Vamos juntos!
(*) Deputado Federal pelo Rio
Grande do Norte.
“Potiguarizar significa produzir no Rio
Grande do Norte como um autêntico filho da terra, conservador e liberal”.
General Girão
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