As estimativas de receitas do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) para o Rio Grande do Norte caíram 11% este ano, após o
governo federal alterar o valor mínimo por aluno através de uma portaria
publicada no dia 26 de novembro. O total estimado para o Estado e Municípios
potiguares, que antes era de R$ 2,6 bilhões, passou a ser de R$ 2,3 bilhões. A
redução foi de R$ 291 milhões e pode impedir o reajuste anual do piso dos
professores com ganhos reais (acima da inflação) pela primeira vez em 12 anos.
A rede estadual deverá deixar de receber cerca de R$ 102,6 milhões.
O impedimento do reajuste acontece porque a lei nacional
do piso salarial para os professores, em vigor desde 2008, obriga que o piso
seja atualizado anualmente no mês de janeiro com o mesmo percentual de
crescimento do valor mínimo por aluno nos dois exercícios imediatamente
anteriores.
Com a queda da receita do Fundeb, o valor mínimo por aluno diminuiu 2,6% entre 2019 e 2020.
Na portaria do governo federal, o Ministério da Educação estabeleceu o valor mínimo de R$ 3.349,56 investido por aluno da educação pública – a quantia, antes, era de R$ 3.643,16. O novo valor é inferior ao observado em 2019, de R$ 3.440,29. A nova estimativa reflete a queda da arrecadação dos principais impostos que financiam o Fundeb – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e os Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios (FPE e FPM) –, causada pela pandemia do novo coronavírus.
Os Estados e Municípios que não conseguem atingir o valor mínimo
por aluno com a arrecadação própria recebem um complemento de pelo menos 10% da
arrecadação total. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), os
Estados e Municípios que recebem este complemento devem receber um valor menor
em dezembro. O Rio Grande do Norte não está entre os entes que necessitam da
medida desde 2014.
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