O Governo do Estado, por meio da Secretaria da
Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) e da Empresa de Pesquisa
Agropecuária do RN (Emparn), realizou a apresentação do balanço das chuvas
em 2020 e perspectivas para o período chuvoso no Rio Grande do Norte em 2021.
De acordo com os órgãos, a previsão climática para o primeiro trimestre de
2021, estação pré-chuvosa, é de ocorrência de chuvas dentro da média histórica,
conforme a análise da Unidade Instrumental de Meteorologia da Emparn.
“Estamos muito felizes com as boas previsões, com a
possibilidade de termos um inverno acima da normalidade. As chuvas se iniciando
agora no final do mês de janeiro, inverno se consolidando a partir da segunda
quinzena de fevereiro, estamos atentos a tudo isso. A governadora professora
Fátima Bezerra tem nos cobrado a questão da distribuição das sementes, de
chegarem às mãos do agricultor familiar no momento certo”, afirmou o secretário
da Sape, Guilherme Saldanha.
Para a região Oeste do Estado, a estimativa é do maior
volume pluviométrico médio do RN com 315 milímetros (mm) para os meses de
janeiro, fevereiro e março. As regiões Leste e Central, cada uma com previsão
para o período com de 250mm e o Agreste com 188mm. “Desde meados de 2020
estamos presenciando a atuação do fenômeno La Niña. O fenômeno, em oposição ao
El Niño, ocasiona o resfriamento da temperatura média das águas superficiais na
faixa equatorial do oceano Pacífico, aumentando os ventos alísios de leste na
superfície inibindo a formação de nuvens”, disse o meteorologista Gilmar
Bristot.
As análises, de acordo com Bristot, sugerem que o ano de 2021 apresente características climáticas, no RN, semelhantes ao ano de 2011, quando a La Niña ocorreu pela última vez no estado em fase com a atividade solar em situação de mínima. “Com esse cenário espera-se um quantitativo normal de chuvas no RN, porém com de grande variabilidade temporal e espacial, característica inerente ao clima semiárido”, completou.
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