A Justiça Federal de São Paulo deu 72 horas para o
Palácio do Planalto provar as acusações de fraude na eleição presidencial de
2018, vencidas por Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo a revista Época, a decisão foi assinada na última
quinta-feira (21) pela juíza Ana Lucia Petri Betto, em uma ação movida pelo
Livres, movimento de renovação política de dissidentes do PSL (Partido Social
Liberal), legenda pela qual Bolsonaro se elegeu presidente e com a qual rompeu
em novembro de 2019.
“Como há muito tempo Jair Bolsonaro faz tais declarações
e não apresenta prova alguma, apenas por meio do Poder Judiciário é que se pode
responder duas perguntas advindas da referida afirmação: Houve fraude eleitoral
em 2018? Onde estão as provas?”, afirmou o movimento à Justiça.
“Creio que o presidente terá a oportunidade perfeita de
mostrar à nação aquilo que ele diz ter”, disse Irapuã Santana, autor da ação e
professor do Centro Universitário de Brasília. Mestre em Direito Processual
pela UERJ, ele foi assessor do ministro Luiz Fux no STF (Supremo Tribunal
Federal) e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Em março de 2020, Jair Bolsonaro afirmou sem provas que
teria sido eleito presidente da República no primeiro turno.
“Eu acredito que, pelas provas que tenho em minhas mãos, que vou mostrar brevemente, eu tinha sido, eu fui eleito no primeiro turno, mas no meu entender teve fraude. E nós temos não apenas palavra, nós temos comprovado, brevemente eu quero mostrar”, disse o presidente.
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