Num regime democrático, o papel da oposição é claro: fiscalizar a administração, os atos dos governantes, atuar como agente capaz de aperfeiçoar proposições de governo, ser catalisadora das demandas e insatisfações populares e, de certa forma, ajudar o governo a errar menos e administrar melhor, criticando com responsabilidade, apontando equívocos, incongruências, erros e omissões.
Oposição competente contribui para se alcançar o objetivo
da ação política. Além disso, deve ser propositiva e apresentar caminhos
diferentes para garantir maior eficiência do setor público e
possibilitar o constante crescimento da comunidade.
Mas infelizmente, não é assim que se comportam boa parte dos opositores, que preferem não seguir esses parâmetros; são sempre contra e faz oposição por oposição, sem linha definida e sem nenhuma coerência.
“Opositores que apostam na queda do avião pelo simples fato de ser adversários do piloto, não atuam apenas contra a tripulação, e sim, contra todos os passageiros da aeronave. Por isso é preciso discernir bem, para encontrar as diferenças entre os que querem o melhor e os que anseiam pelo quanto pior melhor, e levar em consideração os que querem a melhoria da qualidade do voo e não os que querem interrompê-lo, mesmo percebendo que o prejuízo pode ser coletivo”.
Os opositores que assim agem, com críticas meramente interesseiras e viés eleitoral, estão pouco preocupados com os interesses da população, querem que a administração afunde para que sobre mais espaço político para eles nas eleições futuras.
Oposição inconsequente, sem critérios e linha política de atuação definida, perde a credibilidade e acaba agindo contra os interesses popular.
Por tanto, fazer oposição é uma arte e uma vocação. O papel da oposição é fundamental para fortalecer a democracia. Hibernar por quatro anos com politicalhas e torcendo pelo quanto pior melhor, é um suicídio político.
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