Após reunião na última sexta-feira em Brasília com o
presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente da Petrobras, Roberto
Castello Branco, não apresentou mudança na política de preços adotada pela
estatal e anunciou nesta segunda, 8, mais um aumento dos três principais
combustíveis vendidos pela companhia: gasolina, diesel e gás de cozinha.
Os novos valorem passam a vigorar a partir dessa
terça-feira (9) nas refinarias da empresa. O litro da gasolina terá um aumento
médio de 8,2%, o diesel vai ter alta de 6,2%, e o gás de cozinha será
reajustado em 5,1%.
Esta é a terceira alta nos preços do litro da gasolina
deste ano e a segunda no do diesel. Isso porque o governo do presidente Jair
Bolsonaro segue a política adotada na gestão de Michel Temer, que tem como
referência a Paridade de Preços Internacionais (PPI) e, dessa maneira, acompanham
as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio.
“Não podemos comparar preços
de combustíveis de países que têm independência energética, como o Brasil, com
países que não produzem as comodities do petróleo. A Petrobras pode trabalhar
com preços em patamares menores mantendo a sua lucratividade, já que opera com
um dos menores custos do mercado mundial”, avalia o diretor do
Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte, Rodolpho Vasconcelos.
No lugar de pautar a discussão de mudança nessa política
e retomar a antiga forma de administração dos preços, que segundo o economista
Wellington Duarte, professor da UFRN, se baseava no impacto das oscilações de
preços dos combustíveis sobre os consumidores, a solução apontada por Bolsonaro
é a privatização da principal empresa de energia do país, a Petrobras,
considerada estratégica, por uma questão de soberania. “O governo como principal acionista da estatal
deveria influir na política adotada pela empresa”, afirma o
dirigente sindical Rodolpho Vasconcelos.
Fonte: Saiba Mais
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