O senador Flávio Arns (Podemos-PR), que foi
relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) que ampliou o fundo da educação
básica (Fundeb), fez duras críticas à proposta de
dar fim à obrigação de gastos mínimos com saúde e educação.
Em uma minuta - versão ainda não finalizada - da PEC Emergencial, há
previsão da desvinculação dessas áreas em momentos de crise fiscal. A PEC tem
previsão de votação no Senado na quinta-feira (25) e dá o arcabouço fiscal para
o retorno do auxílio emergencial.
"É uma atitude escandalosa. Poderia até ser dito
criminosa contra o Brasil. O Fundeb é uma sub-vinculação da vinculação. Você
está liquidando a educação básica. Algo que foi aprovado há poucos dias por
unanimidade no Senado Federal. Isto mostra a falta de rumo da PEC. E pior: o
total descaso com o nosso futuro que só se constrói pela educação. Crimes não
podem ser aprovados", disse o senador ao Congresso em Foco.
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A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO),
presidente da frente da educação e que foi relatora do novo Fundeb na Câmara, disse
que a desvinculação tem poucas chances de ser aprovada no Senado e, caso isso
aconteça, ela afirmou que o clima na Câmara é de ampla rejeição à ideia.
"O Senado acabou de votar o Fundeb por unanimidade,
que é uma subvinculação, como quer acabar com a vinculação?", afirmou.
"A maioria dos municípios agora que está se
organizando para o retorno das aula, precisa fazer adequações, muita gente
com idade avançada ou comorbidade. Não tem justificativa você deixar livre os
percentuais, nem a saúde concordou em dividir, ficar em flexibilidade com a
educação um piso unitário para as duas área. Tínhamos feito reuniões
anteriores das duas frentes, acho muito difícil o trecho ser aprovado, mas
precisa mobilizar", declarou a deputada.
Fonte: Congresso em Foco.
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