A secretaria de Estado de Educação já começou a notificar
as escolas privadas que não suspenderam as aulas presenciais no Rio Grande do
Norte a partir desta segunda-feira (1º), seguindo as determinações do decreto
estadual publicado sábado (27) no Diário Oficial.
A multa por descumprimento das medidas recomendadas pelo
comitê científico, Ministérios Públicos e adotadas pelo Governo do Estado pode
variar de R$ 25 mil a R$ 50 mil.
De acordo com o titular da pasta Getúlio Marques, dois
colégios privados já foram notificados na manhã de ontem. Os nomes das
instituições de ensino não foram revelados porque o Governo ainda espera, com
diálogo, convencer as direções dos colégios a obedecerem o decreto.
Apenas as escolas e instituições de ensino fundamental
das séries iniciais e do ensino infantil, nas redes pública e privada de
ensino, poderão adotar o sistema híbrido (remoto ou presencial), conforme a
escola dos pais ou responsáveis. A partir do 6º ano e o ensino médio devem
suspender as atividades presenciais.
Havia uma dúvida sobre as escolas privadas sediadas em
Natal em razão de um decreto municipal divulgado também no sábado (27) que
liberava o ensino presencial nas escolas particulares da capital. Neste caso,
no entanto, de acordo com Getúlio Marques, o decreto estadual se sobrepõe ao
municipal:
– O decreto governamental se sobrepõe ao dos prefeitos.
As escolas que não cumprirem o decreto serão notificadas e poderão receber
multa de R$ 25 mil a R$ 50 mil. A recomendação dos MPs também indica que
prefeitos devem seguir o Decreto Governamental”, esclareceu o secretário.
O entendimento é o mesmo do Sindicato das Escolas
Privadas do Rio Grande do Norte. O presidente da entidade Alexandre Marinho
explicou que a recomendação é para que as instituições de ensino particulares
sigam as determinações previstas no decreto estadual:
– A maioria das escolas vai cumprir. A escola que achar
que está tudo bem, que realmente não vai acontecer nada e que não queira
colaborar, (o risco) é de responsabilidade dela”, disse.
Marinho lembrou que as novas medidas foram debatidas no
comitê científico estadual, no comitê estadual de educação e com as escolas
privadas através do próprio Sindicato.
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