O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou neste domingo (14) que a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) seja cumprida na forma de prisão domiciliar com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
O deputado está preso no Batalhão da
Polícia Militar no Rio de Janeiro, desde fevereiro, após prisão em flagrante
por crime inafiançável, motivada pela divulgação em rede social de vídeo no
qual ataca ministros do STF e defende o AI-5, instrumento mais duro da ditadura
militar, contrariando a Constituição Federal.
A mudança do regime de prisão foi determinado na mesma
decisão em que o ministro rejeitou o pedido de concessão de liberdade
provisória. Também foram determinadas a expedição de relatório semanal pela
central de monitoramento eletrônico, medidas cautelares e a comunicação
imediata ao comando do Batalhão da Polícia Militar no Rio de Janeiro, “para o
cumprimento integral da presente decisão”.
A decisão ainda autoriza o deputado a participar
remotamente a partir da própria residência das sessões da Câmara dos
Deputados.
Veja as demais medidas cautelares impostas pelo ministro
Alexandre de Moraes:
- proibição de visitas sem prévia autorização judicial;
- proibição de qualquer contato com investigados nos inquéritos em tramitação no Supremo que apuram a organização de atos antidemocráticos e a divulgação de conteúdo falso, as chamadas “fake news”
- proibição de acesso a redes sociais pelo deputado ou por sua assessoria;
- proibição de que o deputado conceda entrevistas sem prévia autorização judicial.
“Destaco que o descumprimento injustificado de quaisquer dessas medidas ensejará, natural e imediatamente, o restabelecimento da ordem de prisão”, escreveu o ministro na decisão.
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