Como se não bastasse a polarização e politização em
questões mais abrangentes, agora a divisão chega também a uma decisão que
parecia simples – se houvesse coordenação e entendimento de Governo Federal e
Estadual – a compra de vacinas pelos Estados.
A possibilidade é realidade desde o julgamento do
Supremo Tribunal Federal, que permitiu a compra por estados e municípios, na
semana passada.
É uma permissão e não a exclusão de responsabilidade do
Governo Federal. Eis o primeiro ponto.
E onde entra a Bancada Federal nisso?
A Governadora Fátima Bezerra (PT) teria feito
um apelo aos deputados a ela mais ligados para que recursos para duplicação da
Reta Tabajara fossem usados para a compra de vacinas pelo Estado.
DINHEIRO OUVINDO A CONVERSA
Algo em torno de R$ 16 milhões de uma obra que se arrasta
e tem custo estimado em mais de R$ 300 milhões.
O valor daria para comprar cerca de 290 mil doses de
vacina Coronavac, por exemplo.
O insuficiente, por exemplo, para vacinar o população de
Mossoró. Pouco, muito pouco. Mas bem mais do que o Governo Federal vem enviado
em doses homeopáticas até agora.
Hoje, o RN contabiliza pouco mais de 90 mil pessoas
vacinadas.
A ideia não é exclusiva dos parlamentares do Rio Grande
do Norte. Outros estão fazendo a engenhoca, incluindo até o uso de recursos de
emendas individuais dos parlamentares.
A discordância não é aberta e pública e por enquanto
acontece nos bastidores, sem bandeiras hasteadas.
Um lado estoca o outro que o resultado é politização para
pais e mães da vacinação.
Enquanto isso, o potiguar aguarda com braço preparado o
momento que poderá caminhar nas longas e intermináveis filas de vacina, de UTI,
de UPA, de pronto-socorro. Seja público ou privado.
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