O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) blindou de perda de
mandato a deputada estadual do Amapá Marília Góes (PDT), mulher do governador
Waldez Góes, cujas contas foram rejeitadas por haver recebido dinheiro
ilegalmente de outro partido, o Republicanos.
O TSE ignorou a lei, que prevê a perda de mandato. De acordo
com especialistas em direito eleitoral, a decisão abre um perigoso precedente:
financiamento ilegal, mesmo empresarial, já não vai render punição do político
beneficiado. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A Lei Eleitoral determina que só partido coligado formalmente
pode fazer doações a outra sigla. O PDT de Góes não era coligado ao
Republicanos.
O Ministério Público agiu contra o financiamento ilegal,
mas se verificou que o dinheiro, metade dos gastos de campanha, já havia sido
sacado.
O ministro Edson Fachin foi voto vencido: só ele votou pelo
cumprimento da lei. A maioria optou pelo viés “legislador” do TSE, reescrevendo
a lei.
Aberto o precedente, o TSE livrou outro caso semelhante: a deputada federal Aline Gurgel, também no Amapá, hoje no Republicanos.
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