O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo
prepara iniciativas que buscam melhorar o ambiente eleitoral em 2022. Em
entrevista publicada nesta segunda-feira (24) pela Folha
de S.Paulo, Guedes adiantou que as medidas incluem a criação de um fundo
social alimentado por recursos de privatizações e dividendos de estatais.
"Nós jogamos na defesa nos primeiros três anos,
controlando despesas. Agora vem a eleição? Nós vamos para o ataque. Vai ter
Bolsa Família melhorado, BIP [Bônus de Inclusão Produtiva], o BIQ [Bônus de
Incentivo à Qualificação], vai ter uma porção de coisa boa para vocês baterem
palma. Tudo certinho, feito com seriedade, sem furar teto, sem confusão",
disse.
Ele admitiu que houve uma "redução de
aderência" ao plano liberal do governo. "Tanto que eu falei,
abertamente, que o grau de adesão do presidente à agenda econômica tinha caído
de 99% para 65%. Alguns liberais amigos falam: 'Saia, saia'. Tem o
custo-benefício de ficar. Se saio porque estão pedindo para substituir um presidente
de estatal por inabilidade política, será que teria acontecido a independência
do BC, a aprovação do marco do gás, Lei de Falências, saneamento, privatização
da Eletrobras? Tem seis ou sete ganhos expressivos."
Segundo Guedes, o governo não pode cair no discurso de
que adiar as reformas garantirá votos. "A opinião pública brasileira está
madura. Quer a reforma administrativa, como queria a reforma da Previdência,
como quer a reforma tributária. Se você parar isso para tentar ganhar uma
eleição, vai perder mais voto do que ganhar", declarou o ministro na
entrevista aos jornalistas Alexa Salomão e Bernardo Caram, da Folha.
Fonte: Congresso em Foco.
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