O ex-ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello, que comandou a pasta em dez dos quinze meses da pandemia
de covid-19, e é peça chave para as investigações da condução do governo
durante o período, deve comparecer à CPI da Covid na
próxima quarta-feira (19). No entanto, a Advocacia Geral da União (AGU)
pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF),
que Pazuello pudesse ficar calado em seu depoimento na comissão no dia 19.
O recurso hoje utilizado por apoiadores do governo, já
foi criticado por bolsonaristas no passado.
O atual ministro da Secretaria Geral da Presidência
da República, Onyx
Lorenzoni, disse em 2015 que em CPI “quem se vale do
direito ‘ficar calado’ tem coisa a esconder , só bandido usa disso”. Na
ocasião, a fala de Onyx foi direcionada a Nestor Cerveró, ex-diretor da
Petrobras condenado pela operação Lava Jato.
O filho do presidente Jair Bolsonaro, deputado Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP), chamou de “covarde” um depoente em
uma CPI que usou do direito dado pelo habeas corpus de ficar calado. “Não tem
um pingo de vergonha na cara de falar o que bem quiser no Palácio do Planalto,
e chega aqui na frente das pessoas destinatárias da sua fala, e fazer essa cara
de paisagem”. Veja vídeo aqui.
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