A pandemia de Covid-19 no Brasil continua grave, mas
já apresenta sinais de melhora. Um levantamento feito por VEJA revela que após
o Brasil atingir o pico em internações e mortes por semanais pelo novo
coronavírus na segunda semana de março, houve redução no número de
hospitalizações pela doença em todas as faixas etárias.
Se considerarmos todas as idades, a diminuição média de
internações entre a segunda semana de março e a primeira de abril foi de 35%. A
mesma tendência foi observada nas mortes, que diminuíram, em média, 49,5%, no
mesmo período.
As taxas mais substanciais foram observadas em
octogenárias e nonagenários: -50% e -39%, respectivamente, em hospitalizações e
-60% e -52% em mortes. Embora não seja possível afirmar, acredita-se que a
vacinação contra a Covid-19 tenha desempenhado um papel importante na redução
de casos graves e óbitos em pessoas dessas faixas etárias. Até o fim da semana
epidemiológica 14, que corresponde aos dias 4 a 10 de abril, a maioria das
pessoas acima de 80 anos já havia recebido ao menos uma dose da vacina.
O levantamento foi feito com base nos casos de internação
e óbitos por Covid-19, obtidos pelo SivepGripe sobre as síndromes respiratórias
agudas graves (srag) no país. A redução de casos graves e mortes pelo novo
coronavírus vai ao encontro da tendência de queda observada nas curvas de casos
e mortes pela doença no país.
Na manhã desta sexta-feira, 30, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) confirmou a melhora do cenário brasileiro. “Os casos agora
diminuíram por quatro semanas consecutivas, e as internações e mortes também
estão diminuindo. Isso é uma notícia boa e esperamos que essa tendência
continue”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante
uma coletiva de imprensa.
No entanto, não é motivo para comemoração nem
relaxamento. Abril já é o mês mais letal da pandemia e na quinta-feira, o país
foi o segundo no mundo, depois apenas dos Estados Unidos, a ultrapassar o
triste marco de 400.000 mortes pela doença. Para que os números continuem a
melhorar, é preciso manter a guarda alta e os cuidados preventivos, incluindo
uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos.
Fonte: Veja
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