As Forças Armadas negaram a estados e municípios o
compartilhamento de leitos de enfermaria e UTI com civis, mesmo com vagas
disponíveis em hospitais militares, de acordo com informações de um documento
enviado pelo Ministério da Defesa à CPI da Covid no Senado, e assinado pelo
ministro Walter Braga Netto, segundo o jornal
Folha de S.Paulo.
As solicitações foram feitas por Distrito Federal, Rio
Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Amazonas e pelo município de Xanxerê, em
Santa Catarina. As planilhas entregues à CPI mostram que em diversos períodos
entre janeiro e abril deste ano havia vagas.
O TCU (Tribunal de Contas da União) já havia detectado
pedidos por vagas em hospitais formulados pelo Governo do Distrito Federal, mas
com negativa por parte dos militares. Ainda de acordo com a Folha, filas com
quase 300 pacientes com suspeita de Covid-19 chegaram a se
formar à esepra de vaga de UTI na rede pública de Brasília.
Segundo auditoria do TCU, os hospitais militares consomem
R$ 3,45 bilhões em dinheiro público. Um relatório da área técnica recomendou
que o Ministério da Saúde requisite as vagas ociosas para civis, tanto leitos
de enfermaria quanto de UTI, em situações de colapso na rede pública.
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