Pesquisa PoderData realizada nesta semana
(24-26.mai.2021) mostra que 46% rejeitam a ideia de um comprovante impresso do
voto eletrônico nas eleições. Dos entrevistados, 40% são a favor e 14% não
sabem responder.
A criação do voto impresso vem
sendo defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Em ato pró-governo
que reuniu milhares de apoiadores em Brasília, ele disse que, se as
eleições de 2022 não tiverem voto auditável, o ex-presidente Lula pode ganhar “pela fraude”.
Em 13 de maio, a Câmara dos Deputados instalou
uma comissão parlamentar para debater a proposta que pede a
implementação do voto impresso. A PEC 135/19, de autoria da
deputada Bia Kicis (PSL-DF), exige a impressão de cédulas em papel na votação
e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos no Brasil.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
entretanto, já sinalizou que, mesmo que a medida seja aprovada pelo
Congresso, é difícil que o voto impresso seja implementado a tempo das próximas
eleições, já que se trata de um procedimento demorado.
A rejeição ao voto impresso é mais comum entre os mais
jovens, moradores da região Sudeste e pessoas de classes socioeconômicas mais
privilegiadas. Dos que têm de 16 a 24 anos, 56% são contrários à emissão do
comprovante.
Entre aqueles que recebem de 5 a 10 salários mínimos, 67%
são contra. A taxa se mantém entre pessoas que recebem mais de 10 salários
mínimos. Metade dos moradores do Sudeste também rejeitam a proposta.
São a favor 52% dos adultos de 45 a 59 anos, 49% dos desempregados
e 59% dos moradores do Norte.
Esta pesquisa foi realizada no período de 24 a 26 de maio
de 2021 pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos
do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria
editorial com o Grupo Bandeirantes.
Foram 2.500 entrevistas em 462 municípios nas 27 unidades
da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para
menos. Saiba mais sobre a metodologia
lendo este texto.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham
proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade,
renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas
de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que
sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da
população.
Fonte:Poder 360
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