A cúpula da CPI da Covid acredita que a Madison Biotech,
empresa usada para tentar receber antecipadamente US$ 45 milhões da compra da
Covaxin, seja uma empresa de fachada.
Ela é sediada num endereço em que investigações
internacionais já apontaram que cerca de 600 empresas de fachada estão
registradas.
“As informações que estamos colhendo apontam para que a
Madison, usada pela Precisa para receber ilegalmente pagamento antecipado da
venda da Covaxin, seja uma empresa de fachada. No mesmo endereço dela, já foi
denunciado que 600 empresas de fachada estão registradas”, disse ao blog o
vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Randolfe disse que a CPI vai levantar quem são os sócios
da empresa, com quem ela tem transações financeiras e por quem foi criada em
fevereiro do ano passado. “Essa mesma empresa está envolvida em irregularidades
no Paraguai na venda da mesma vacina”, alertou o senador.
Nessa quarta-feira (23), o ministro da Secretaria-Geral
da Presidência, Onyx Lorenzoni, ao defender o governo das acusações de
irregularidades na compra da Covaxin, disse que a Madison é, na verdade, um
braço legal da Bharat Biotech, fabricante da vacina.
A CPI da Covid não acredita nessa versão. Para o
vice-presidente da comissão, ela pode até ser ligada à Bharat Biotech, mas a
suspeita é que seria uma empresa de fachada usada para pagamentos irregulares.
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