Novamente, o mês começa com repasse inabitual do Fundo de
Participação dos Municípios (FPM) – de R$
5.679.860.664,10 – e a transferência ocorre na
quinta-feira, 10 de junho. A primeira das três parcelas mensais representa
quase a metade do valor total e é calculada com base na arrecadação dos
Impostos de Renda e sobre Produtos Industrializados (IR e IPI) entre os dias 20
e 30 do mês anterior.
Um levantamento
da Confederação Nacional de Municípios (CNM), com dados da Secretaria
do Tesouro Nacional (STN), mostra que o repasse está 123,66% maior que os R$
2,5 bilhões transferidos aos cofres municipais no mesmo período de 2020. Mesmo
aplicando a inflação, o valor ainda será superior ao montante total recebido em
junho passado. Deflacionado, o resultado positivo fica em torno de 109%.
Ao considerar o desconto constitucional de 20% do Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb), o primeiro decêndio do mês será R$ 4.543.888.531,28. A área de
estudos técnicos da Confederação suspeita que este crescimento de 31%, de
janeiro pra cá, seja por conta da maior compensação de débitos do IR e IPI,
advindo principalmente de Ação Judicial.
Além disso, o levantamento da CNM mostra que, na partilha do decêndio, os 2.447 Municípios, de coeficientes 0,6 ficam com 19,70% do valor total - R$ 1.118.735.990,94. Já as 168 grandes cidades, de coeficientes 4,0, recebem R$ 747.843.527,06, que representa 13,17% do montante. A entidade explica ainda que o FPM, assim como as demais transferências constitucionais, não se mantêm uniformes ao longo do ano.
Por último, a entidade destaca que os impactos da
pandemia da Covid-19 na administração pública, principalmente local, e que
sobre a parcela de cada um dos 5.568 Municípios incide ainda 15% de aplicação
mínima em saúde e o 1% do Programa de Integração Social e o Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).
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