Vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) determinou nesta quinta-feira a apreensão do celular do policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresentou como representante da Davati Medical Supply — que diz ser intermediária na venda da vacina AstraZeneca — após a apresentação de áudio do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) em que o parlamentar teria supostamente negociado a compra de vacinas. Logo em seguida, recuou e disse que não tinha certeza.
O áudio mostra uma negociação, mas sem especificar que produto era. Miranda não cita a palavra “vacina” ou “imunizante” no áudio, fala em “produto” e “carga”. Depois de mostrar a gravação, em resposta a uma pergunta da senadora Eliziane Gama, ele mudou a versão e disse não saber se era mesmo vacina. Dominguetti se limitou a dizer apenas que havia indicativos de que, pelo "modus operandi" da transação, tratava-se e vacina.
— Eu não posso fazer juízo de valor. Quem pode dizer de que era a transação, de que produto era somente Cristiano — disse Dominguetti na CPI.
O depoente sugeriu também que o "comprador" mencionado por Luis Miranda no áudio era seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda. Depois, porém, questionado também por Eliziane, negou saber quem era e disse que só Cristiano poderia responder. O parlamentar não cita o servidor no áudio.
A mensagem de voz, que teria sido recebida em 24 de junho, será periciada pela Polícia Legislativa e disponibilizada a todos os senadores. Os irmãos Miranda denunciaram supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin, intermediada pela Precisa Medicamentos. Procurado pelo GLOBO, o deputado negou as acusações.
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