O governo de Jair Bolsonaro ingressou com uma
ação no STF para suspender lei que prevê garantia de conexão à internet a
alunos e professores de escolas públicas, registra a Folha.
A lei, que prevê aplicação de R$ 3,5 bilhões de
recursos federais em ações de conectividade, foi vetada pelo
presidente, mas o Congresso derrubou o veto.
Após a derrubada do veto presidencial, em 1º de junho, a
lei nº 14.172 foi promulgada no dia 10 daquele mês pelo governo federal. Mas,
na noite desta segunda (5), a AGU ingressou com ação direta de
inconstitucionalidade para impugná-la.
O texto determina que os R$ 3,5 bilhões sejam
transferidos para estados e municípios em 30 dias, obrigação que vence no
próximo dia 10. A AGU alega que ela “ameaça gravemente o
equilíbrio fiscal da União”; na época do veto, Bolsonaro argumentou
que a lei não apresentava estimativa de impacto orçamentário e financeiro
e provocaria rigidez orçamentária, “dificultando o cumprimento
da meta fiscal e da regra de ouro”.
A desigualdade no acesso à internet tem sido um dos
principais problemas para a manutenção de aulas no esquema on-line durante a
pandemia da Covid;
no Brasil, o percentual de alunos e escolas sem conexão é alto.
Mesmo assim, Bolsonaro e seu Ministério da Educação
destinaram zero recurso à resolução do problema. É uma turma muito a favor
do homeschooling, mas só para quem tem
dinheiro.
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