O ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello demonstrou
durante esta semana, a pessoas próximas no Palácio do Planalto, o temor de ser alvo de um mandado de
prisão temporária por causa do avanço das investigações
do Ministério
Público Federal e da CPI da Covid em relação às tratativas
para a compra de vacinas contra Covid.
No início de julho, o MPF ingressou com uma ação de improbidade administrativa
contra o ex-ministro. Na peça, a Procuradoria
da República do Distrito Federal afirma que a gestão Pazuello foi “gravemente ineficiente e
dolosamente desleal (imoral e antiética)”. Além disso, o MPF
responsabiliza diretamente Pazuello pelo fato de o Brasil não ter
iniciado antes a vacinação contra Covid.
Na CPI, Pazuello também é apontado como um dos principais
responsáveis pela demora na obtenção de vacinas e ele já
foi citado nas investigações relacionadas à compra de vacinas acima do preço de
mercado, como no caso da Covaxin e agora de um lote da Coronavac.
A pessoas interlocutores, Pazuello admite que está “segurando sozinho” a
responsabilidade pelas tratativas relacionadas a compras de vacinas. Mas
negou qualquer
intenção de procurar a Justiça para dar mais detalhes sobre as negociações para
a aquisição de imunizantes.
Hoje, Pazuello é secretário de Estudos Estratégicos da
presidência da República. Ele não tem foro privilegiado.
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