A relatora da reforma política na Câmara, Renata Abreu
(Podemos-SP), quer mudar o modelo de escolha de candidatos majoritários. A
ideia, segundo fontes ouvidas sob a condição de anonimato por O Antagonista, é “furar” a polarização, pois
o “brasileiro antecipa para o primeiro turno a
disputa do segundo”.
O modelo preferido pela deputada é o de ‘preferências’,
que é quando eleitor escolhe várias opções de maneira decrescente, ou
seja, da que considerar melhor para a pior.
O vencedor continuará sendo aquele que receber 50% dos
votos mais um. Mas, caso isso não ocorra na primeira apuração, serão feitas
novas contagens eliminando o candidato que ficou na última posição.
E os votos dos eleitores nesse candidato eliminado serão
desconsiderados, passando a ser contabilizada a segunda opção dessas pessoas.
O método de votação foi defendido recentemente por Abreu
em um artigo. No texto, ela afirmou que o modelo proposto será usado
na eleição para prefeito de Nova York, nos Estados Unidos.
A deputada disse ainda que esse método já é utilizado nas
eleições provinciais e municipais de Canadá e Nova Zelândia, e para a escolha
de governador no estado norte-americano do Maine e de prefeito em São
Francisco, também nos EUA.
“Esse sistema de votação
preferencial permite alcançar em uma eleição o que o duplo turno consegue em
duas, e com significativa economia de recursos”, disse a deputada.
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