Por meio de nota, divulgada nesta sexta (9), o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) respondeu a ataques feitos pelo presidente Jair
Bolsonaro que voltou a ameaçar a não a realização de eleições no Brasil em
2022. Bolsonaro também afirmou que "a fraude está no TSE" e chamou o
presidente do TSE, Luís Roberto Barrroso de “idiota” e “imbecil”.
A nota começa classificando as declarações do presidente
Bolsonaro de “lamentáveis quanto à forma e ao conteúdo”.
O texto rememora todas as disputas eleitoras desde a
implantação da urna eletrônica, em 1996, reforçando que " jamais se
documentou qualquer episódio de fraude" e que o Brasil vivenciou a
alternância de poderes.
Quando ao pleito de 2014, citado por Bolsonaro como tendo
sido fraudado, o TSE afirma: "o PSDB, partido que disputou o segundo turno
das eleições presidenciais, realizou auditoria no sistema de votação e
reconheceu a legitimidade dos resultados".
Leia a nota na íntegra:
Nota à imprensa
TSE reforça que desde a
implantação das urnas eletrônicas em 1996, jamais se documentou qualquer
episódio de fraude.
Tendo em
vista as declarações do Presidente da República na data de hoje, 9 de julho de
2021, lamentáveis quanto à forma e ao conteúdo, o Tribunal Superior Eleitoral
esclarece que:
1 - Desde a
implantação das urnas eletrônicas em 1996, jamais se documentou qualquer
episódio de fraude. Nesse sistema, foram eleitos os Presidentes Fernando
Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro.
Como se constata singelamente, o sistema não só é íntegro como permitiu a
alternância no poder.
2 - Especificamente,
em relação às eleições de 2014, o PSDB, partido que disputou o segundo turno
das eleições presidenciais, realizou auditoria no sistema de votação e
reconheceu a legitimidade dos resultados.
3 - A
presidência do TSE é exercida por Ministros do Supremo Tribunal Federal. De
2014 para cá, o cargo foi ocupado pelos Ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes,
Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. Todos participaram da organização
de eleições. A acusação leviana de fraude no processo eleitoral é ofensiva a
todos.
4 - O
Corregedor-Geral Eleitoral já oficiou ao Presidente da República para que
apresente as supostas provas de fraude que teriam ocorrido nas eleições de
2018. Não houve resposta.
5 - A realização de eleições, na data prevista na Constituição, é pressuposto do regime democrático. Qualquer atuação no sentido de impedir a sua ocorrência viola princípios constitucionais e configura crime de responsabilidade.
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