Não há como negar, contra fatos não há argumentos, a
gestão atual do governo do nosso Estado faz de tudo e luta de forma incessante
para aumentar o abismo salarial entre os servidores, sempre favorecendo quem
ganha mais, a elite se privilegia e os pobres servidores menores que continuem
lutando.
Em janeiro de 2019, quando o atual governo tomou posse, a
diferença entre o menor e o maior dos servidores estaduais era de 31 vezes.
Cinco meses depois essa distância subiu para 36 vezes, após reajuste de 16,38%
para auditores fiscais e procuradores do Estado.
Esse mesmo governo que concede 16,38% para os maiores
salários, deu 0% de reajuste para os demais servidores. Ignorando totalmente os
mais de 11 anos sem nenhum percentual de reajuste ou revisão da inflação do ano
anterior, como determina a Constituição Federal.
Esse não reajuste da grande massa dos servidores faz com
que cada vez mais os servidores fiquem ligados ao salário mínimo. Criando-se um
problema de distribuição de renda no meio dos funcionários públicos estaduais
ativos, aposentados e pensionistas. Aumentando a desigualdade salarial entre os
servidores, fazendo com que os mais humildes continuem ganhando menos, sempre
próximo ao salário mínimo, ao mesmo tempo e bem distante dessa realidade estão
a classe privilegiada dos altíssimos salários, ampliando-se cada vez mais o
leque salarial.
Não satisfeito, esse mesmo governo que concedeu em maio
de 2019 reajuste de 16,38% para os servidores que ganham mais, agora no mês de
agosto coloca no contracheque um novo reajuste de 12,3%. E nós não podemos nos
calar e nem podemos aceitar isso.
É preciso, é necessário e é urgente uma maior isonomia
dentro desse processo do Estado com relação aos servidores. Não se pode admitir
que a cada ano o governo do Rio Grande do Norte faça com que quem ganha menos
tenha cada vez mais o seu salário distanciado dos mais altos salários. É
preciso resolver essa distância entre quem ganha mais e quem ganha menos.
Na medida em que se privilegia os altos salários com
reajustes e desvincula o reajuste dos que ganham menos, o governo do nosso
Estado empobrece os servidores estaduais, criando com isso um problema bem
maior que é o de distribuição de renda. Pior ainda, financiado pelo próprio
governo estadual.
Chega! Não podemos nos calar diante dessa desigualdade e
discriminação salarial, hoje, com esse reajuste de 12,3% para os servidores
estaduais que recebem maiores salários, 3% dos servidores (ativos, aposentados
e pensionistas) recebem 35% da folha salarial e 97% dos servidores (ativos,
aposentados e pensionistas) ficam com apenas 65% dessa mesma folha salarial. Os
números não negam, o governo estadual só investe para aumentar a desigualdade
entre os servidores públicos.
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