Durante seu discurso de caráter golpista na
Esplanada dos Ministérios, o presidente Jair Bolsonaro disse que vai levar a
foto dos atos de hoje na capital federal à reunião do Conselho da República,
que pretende convocar nesta quarta-feira (8). Não há, porém, nenhuma reunião
convocada até o momento. O Conselho nunca se reuniu no atual governo.
"Amanhã estarei no Conselho da República juntamente
com ministros para nós, juntamente com presidente da Câmara, Senado e do
Supremo Tribunal Federal, com esta fotografia de vocês mostrar para onde nós
todos devemos ir", disse o presidente, depois de ameaçar o Supremo,
sobretudo os ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux, presidente da corte.
Um dos integrantes do colegiado, o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) já
afirmou que se recusa a participar do encontro, mesmo estando em Brasília.
"Não será sob chantagem que Conselho da República se reunirá", disse
Freixo, líder da minoria na Câmara. A manifestação foi marcada por uma pauta
antidemocrática, como pedidos de fechamento do Supremo e do Congresso e
intervenção militar. Outro integrante do colegiado é o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator
da CPI da Covid e inimigo político de Bolsonaro.
Mas o que é o Conselho da República, citado por
Bolsonaro?
É órgão superior de consulta da Presidência. Cabe a ele
se pronunciar sobre intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio ou
sobre as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
De acordo com a Lei 8.041/1990, o órgão é composto por 14 integrantes e
comandado pelo presidente da República. O Supremo Tribunal Federal, principal
alvo de Bolsonaro nos últimos meses, não tem assento no colegiado.
Também podem ser chamados a participar da reunião
ministros de Estado, desde que o assunto em discussão tenha relação com sua
pasta.
Além do presidente da República, participam do conselho:
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