A demissão de dois secretários e dois adjuntos do
Ministério da Economia, nesta quinta (21), reforçou a expectativa de demissão
do próprio Paulo Guedes. As apostas no governo são de que ele pode sair
“atirando”, como o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, acusando o governo de se
render ao populismo. Ele está amuado desde sábado (16), quando o presidente
Bolsonaro o chamou e disse em tom grave: “Paulo Guedes, decidi que o valor do
benefício será de 500 reais por mês, no mínimo 400. Se você não gostar,
paciência. A decisão está tomada”.
Manda quem pode
Bolsonaro achava que Guedes se demitiria tão logo fosse
comunicado da decisão, mas o ministro não reagiu. Apenas balbuciou um “sim,
senhor”.
Juiz da disputa
Guedes trava queda de braços com ministros da área
social. Ele era contra aumentar benefícios sociais. Bolsonaro atuou como juiz
da briga.
Ordem era viabilizar
A admiração de Bolsonaro por Guedes foi minada pela
incapacidade ou desinteresse da equipe econômica de viabilizar o Auxílio de
R$400.
Mais dia, menos dia...
Apesar de não haver pedido demissão, como se temia, no
Planalto poucos apostam que Guedes permaneça muito tempo no governo.
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