O Brasil vive um impasse político e institucional
preocupante, provocado pelos embates entre os Três Poderes, que “está acabando
com o nosso País”, na avaliação do cientista político Paulo Kramer, um dos mais
respeitados do País. Para ele, a “única saída” para isso seria uma “nova
[Assembleia] Constituinte” que modernize e democratize de fato a estrutura do
Estado e estabeleça a prioridade de extinguir dois ramos da Justiça, Trabalho e
Eleitoral, que, como jabuticabas, quase só existem no Brasil. Custam muito caro
e vivem de criar entraves ao progresso.
Cadáveres insepultos
"São dois cadáveres insepultos e malcheirosos da era
Vargas”, diz Kramer, quando o trabalhador trocou o cabo da enxada pela
indústria.
O ‘coitadismo’ acabou
Já se foi o tempo do operário visto como “pobre coitado
hipossuficiente e necessitado de proteção contra a ganância dos patrões”,
analisa.
Não há débeis mentais
Hoje, trabalhadores e eleitores têm acesso a informação,
“conhecem os seus diretos e não merecem ser tratados como débeis mentais.”
Burocracia ‘orçamentívora’
“Só que os interesses de uma burocracia imensa e
“orçamentívora” nos obriga a sustentar esses dois caríssimos anacronismos”,
enfatiza.
Fonte: Claudio Humberto
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