O desânimo dos profissionais de educação no Brasil é inevitável
diante dos constantes desmontes do governo de Jair
Bolsonaro. Agora, o ataque afeta o bolso dos
professores, que não devem ter reajuste salarial neste ano. A Confederação
Nacional das Trabalhadores da Educação (CNTE) emitiu nota denunciando a
tentativa do Ministério da Educação (MEC) de anular o aumento do piso da
categoria.
Conforme posicionamento extraoficial do MEC, haverá
revogação parcial da Lei 11.738,
promulgada por Lula e que regulamenta o piso salarial profissional nacional do
magistério público da educação básica, especialmente em relação ao artigo que
define o critério de atualização anual do piso. Pela interpretação do MEC, o
reajuste será novamente nulo (0%) em 2022, como ocorreu em 2021.
O reajuste esperado é de 33,23% ao piso do magistério, em
todos os entes da federação. A atualização do piso é atrelada ao percentual de
crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do
ensino fundamental urbano, definido nacionalmente pelo Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb).
“Bolsonaro é inimigo dos trabalhadores da educação! O
MEC, desrespeitando a Constituição, decidiu que não vai implementar a Lei que
garante o reajuste do piso salarial das professoras e professores. É o governo
escolhendo a seu bel prazer que norma vai ou não cumprir. Nosso país que tem
nomes destacados no campo da educação não pode deixar que seus mestres e
mestras não sejam valorizados”.
“Bolsonaro, mais uma vez, desrespeita a lei do piso
salarial profissional do magistério. Tenta repetir em 2022 o que fez em 2021,
quando não atualizou o valor do piso. Precisamos lutar pelo que a lei nos
garante: o percentual de 33.23% conforme critérios estabelecidos. Os ataques à
educação por parte do governo federal são constantes e atingem os educadores e
educadoras do Brasil”.
O presidente da CNTE, Heleno Araújo, frisa sobre o piso
constitucional, explica sobre as regras que estão estabelecidas na lei, que
criou o piso do magistério, e afirma que a confederação não concorda com a leitura
“equivocada” do MEC.
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