Bolsonaro, Lula, Doria, Moro, Rodrigo Pacheco? Tanto faz:
seja quem for o presidente eleito, quem vai mandar no país é o pessoal que já
manda faz tempo – Valdemar Costa Neto, Ciro Nogueira, Roberto Jefferson, o
pastor Feliciano, Silas Malafaia.
Esses não precisam ser eleitos para a Presidência para
mandar no país: basta eleger-se alguma coisa para desfrutar de privilégio de
foro, receber passagens gratuitas para o Brasil e o Exterior, boas refeições
com bons vinhos e uísque para discutir política com os colegas - afinal, eles é
que trabalham no lugar dos presidentes, que quanto maiores as crises mais
sentem necessidade de salgar as bundinhas em belos recantos marinhos, com
comitivas, hospedagem chique, boas diárias de viagem – e também merecem ser bem
tratados pelos cofres públicos.
Vale para todos? Vale:
Renan Calheiros era inimigo de Collor, ajudou a elegê-lo
presidente, foi ministro de Fernando Henrique, apoiou Lula (e foi condecorado
por ele) e, de 2005 para cá, foi três vezes presidente do Senado.
Aquele pessoal do Centrão que chamava Bolsonaro de
fascista, que ouviu o general Augusto Heleno cantar “Se gritar Pega, Centrão,
não fica um, meu irmão (...)” não está hoje com o general, que os trata de
Vossas Excelências?
Um presidente ou outro, tanto faz. Bolsonaro se apresenta
como o antiLula. Lula, como o antiBolsonaro. E daí? Alguns presidentes falam
mais bobagens que os outros. Mas quem manda não são eles. Ficam iguais.
O jornalista Carlos Brickmann, autor do texto acima, foi
preciso, na mosca. É exatamente isso que vai acontecer. Não adianta brigar por
este ou aquele candidato, qualquer que seja o eleito, quem vai governar o país
é a velha turma de sempre.
E nada mais acrescentar. Ou fazer.
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