O governo Jair Bolsonaro (PL) avalia elevar novamente o
valor do fundo eleitoral para este ano e resgatar o montante que havia sido
estabelecido inicialmente pelo Congresso, de R$ 5,7 bilhões —quase o triplo dos
recursos de 2020.
Hoje, o Orçamento de 2022 aprovado por deputados e
senadores prevê um valor menor, de R$ 4,9 bilhões.
O fundão eleitoral é a principal verba pública das
campanhas e foi inflado no Congresso com o apoio de uma ampla gama de partidos
— o centrão, que hoje abriga Bolsonaro, a esquerda, que apoia a candidatura de
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de outras siglas fora da órbita desses
dois pré-candidatos.
Auxiliares do presidente entendem que o governo precisa
ampliar o valor por ele ter sido previsto em regra da LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias). Do contrário, a interpretação é que Bolsonaro correria risco de
descumprir a lei.
Técnicos do Ministério da Economia trabalham com a
possibilidade de remanejar cerca de R$ 800 milhões, hoje alocados em outras
despesas, para elevar o valor do fundo até o máximo permitido em lei.
A própria equipe do ministro Paulo Guedes (Economia)
reconhece que analisa se o valor chegará aos R$ 5,7 bilhões ou ficará nos R$
4,9 bilhões estabelecidos quando a lei orçamentária foi aprovada, dias antes do
Natal.
Folhapress
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