Diante de sobrecarga na rede de saúde estadual, o
Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e a Defensoria Pública do RN
estão pedindo na Justiça Estadual que seja determinada a suspensão de grandes
eventos de massa no Rio Grande do Norte. Para isso, o Estado teria que alterar
decreto estadual que entrou em vigência na última sexta-feira (21). Na análise
feita pelas instituições, houve omissão da administração estadual no decreto
publicado no último dia 17 de janeiro.
A omissão teria ocorrido, segundo o Ministério Público e Defensoria Pública, devido ao Estado ter sido alertado pelo Comitê de Especialistas da Sesap através de uma recomendação para que eventos de massa não fossem realizados diante do risco iminente de colapso no sistema de saúde. A ação civil pública ajuizada pelas instituições requer que o Estado cancele todas as autorizações para a realização de shows com grande público, sejam em locais abertos ou fechados.
Além disso, pede que o Judiciário obrigue o Estado a se abster de conceder novas autorizações para shows de massa e congêneres em todo o território potiguar, assim como a suspender tais eventos, até que ocorra novo controle da transmissibilidade do coronavírus no RN. Ou seja, até que a pandemia volte a atingir os patamares de contágio alcançados em novembro e dezembro de 2021.
De acordo com o Ministério Público, as medidas impostas pelo Estado do RN até o momento são "insuficientes para reduzir os índices da Covid-19". "Eventos de massa públicos ou privados possuem aptidão para amplificar a transmissão do vírus, já que grandes aglomerações são identificados como eventos super-espalhadores", afirmou o MP.
Além disso, ressalta-se que a elevada transmissão da
Ômicron aumenta exponencialmente o risco do surgimento de novas variantes, que
dificultam o encerramento da pandemia.
0 comentários:
Postar um comentário