"Elida Graziane Pinto, do Ministério Público junto ao
TCE-SP, diz que se não houve revogação expressa da lei 11.738/2008, como quer
fazer crer o MEC, não pode ser presumida uma revogação tácita. E afirma também
que "é muito cinismo fiscal do presidente Jair Bolsonaro desconstruir o
piso dos professores e dar reajuste para forças de segurança".
O presidente Jair Bolsonaro e a CNM estão
cada vez mais isolados na guerra pelo reajuste de 33,23% para o
magistério. Em matéria publicada na segunda-feira (24) na Folha de S. Paulo,
a procuradora Elida Graziane Pinto, do Ministério Público junto
ao TCE-SP, rebate fake
news e diz que não há revogação expressa da Lei 11.738/2008,
que instituiu o piso nacional dos educadores, tal como querem fazer crer
o MEC e o presidente Jair Bolsonaro. Fala da especialista é mais
um importante reforço para a atualização salarial dos docentes.
Cinismo fiscal
Graziane classificou de cinismo fiscal do
presidente Jair Bolsonaro querer "desconstruir o piso dos
professores e dar reajuste para forças de segurança". Bolsonaro, como
tem sido amplamente anunciado na grande mídia, defende reajuste salarial apenas
para policiais.
O que disse a procuradora Sobre a lei do piso:
"Se não houve revogação expressa da lei nº 11.738 de 2008, não pode ser presumida uma revogação tácita." Interpretação de
matéria da Folha sobre
a fala abaixo da procuradora.
"Não pode pressupor a perda do lastro da lei
exatamente porque a emenda quis fortalecer e ampliar a valorização não só dos
professores mas de todo os profissionais da educação."
Sobre a tática do governo
Bolsonaro de postergar qualquer posicionamento oficial sobre o reajuste já
definido em portarias interministeriais e garantido na lei do piso:
"Adiar é uma forma de ajuste fiscal. Mas é muito cinismo
fiscal desconstruir o piso dos professores e dar reajuste para forças de
segurança."
Bolsonaro não quer resolver
Elida Graziane Pinto destacou
também que anúncio oficial do MEC não
tem respaldo legal, ou seja, prefeitos e governadores já podem conceder o
reajuste, visto que portarias interministeriais que garantem os 33,23% já foram
publicadas pelo próprio governo federal. A procuradora pondera, no entanto,
que "essa indicação da pasta sobre o piso
consolida a questão nacionalmente e evita disputas interpretativas." Com
outras palavras, Graziane Pinto diz
que Bolsonaro não ajuda a
resolver o impasse do reajuste porque não quer.
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