Governo do Rio Grande do Norte e policiais civis não
chegaram novamente a um acordo sobre o adicional por tempo de serviço na
carreira da categoria após uma nova reunião nesta sexta-feira (25). O impasse
dura desde o início de fevereiro.
A proposta apresentada pelos policiais civis dessa vez
não foi aceita pelo Estado, que alegou que a proposta promovia uma alteração na
tabela salarial, o que impactaria financeiramente o Poder Executivo.
“Esse é um momento que a gente não tem como fazer nenhuma
alteração de tabela. O governo tem assegurado que não haverá redução salarial.
É um princípio básico, uma premissa pra gente”, explicou o chefe do Gabinete
Civil do RN, Raimundo Alves.
“O que a gente não tem como apresentar nesse momento,
ainda, é como se dá isso em cima das perdas futuras que eles teriam. Isso não
tem como, porque o anuênio está sendo questionado pelo MP e em algum momento
ele terá que ser parado”, falou.
Uma nova proposta será feita pelos policiais civis e
apresentada ao governo em uma nova reunião em 72 horas. O governo terá o mesmo
prazo para analisar e responder se aceita ou não.
Para a categoria, que esperava fechar um acordo nesta
sexta, apesar da lamentação, houve otimismo para um possível acordo.
“Lamentamos, mas hoje se abriu uma oportunidade para uma
construção de uma nova proposta e a gente, como é muito voltado ao diálogo, e a
resolução de uma forma consensual, vai sair com esse sentimento que vamos
construir e esperamos finalmente chegar a resolução desse problema”, falou a
presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Rio Grande do Norte
(Adepol-RN), Taís Aires.
A presidente do Sindicato dos policiais civis do RN
(Sinpol-RN), Edilza Faustino, diz que o objetivo da categoria é negociar.
“A gente agora vai mais uma vez por iniciativa nossa
construir um projeto de lei que possa resolver a situação. Nosso intuito não é
ficar sem trabalhar, causar transtorno. É resolver uma situação em que a gente
não tenha nenhuma perda, não sofra problema de perder direitos e nem
financeiros. E que a carreira seja mantida”.
Fonte: G1/RN.
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