A sombra da inelegibilidade voltou a assombrar o
ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) após dez anos. Por incrível que
pareça a motivação é a mesma no ponto de vista jurídico e passa por gestos
políticos do pedetista.
No primeiro caso como em 2012, Carlos Eduardo Alves teve
parecer desfavorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em relação as contas
de 2009 que foram reprovadas. A decisão foi referendada pela Câmara Municipal
de Natal, o que lhe deixaria inelegível.
Graças a uma liminar que adormeceu no judiciário
potiguar, Carlos pôde disputar as eleições de 2012 e ser reeleito em 2016.
O problema político na época se deu porque mesmo com uma
desaprovação histórica, a então prefeita de Natal Micarla de Sousa controlava o
parlamento. Para piorar a situação, Carlos atacou os edis em diversas
entrevistas e numa delas comparou eles a um palito de fósforo queimado.
Como em 2012, mais uma vez é um parecer desfavorável de
suas contas no TCE assombra o pedetista. Agora é relativo ao exercício
orçamentário de 2015. Carlos teria excedido o limite de R$ 113 milhões para
abertura de crédito suplementar, chegando a abrir mais de R$ 320 milhões. “Por
muito menos, Dilma foi cassada. É improbidade administrativa. Então isso é de
uma ordem gravíssima, porque ele mesmo já foi reeleito, cometendo crimes de
improbidade”, disse na 96 FM o vereador Raniere Barbosa (Avante), presidente da
Comissão de Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal de Natal.
O assunto veio à tona justamente após Carlos Eduardo
Alves sinalizar entendimento com a governadora Fátima Bezerra (PT) para compor
chapa com a petista sendo candidato ao Senado, posto que será disputado com o
ministro do desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL), que conta com o
apoio do prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB).
Para piorar, Carlos Eduardo chegou a declarar que
invocaria a fidelidade partidária para tomar o mandato do presidente da Câmara
Municipal Paulinho Freire caso ele deixe o PDT. Em seguida foi plantada a
notícia de que os vereadores estavam discutindo a implantação de uma Comissão
Especial de Inquérito (CEI) para investigar a gestão do ex-prefeito na
Secretaria de Trânsito e Transporte Urbano (STTU).
Não demorou muito para Carlos recuar e admitir a
liberação de Paulinho Freire para mudar de partido.
O jogo é bruto e o fantasma da inelegibilidade voltou a
rondar Carlos Eduardo Alves.
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