O novo piso salarial dos professores será implantado em
Mossoró? Não há qualquer sinalização ou disposição, até aqui, da gestão
municipal abrir diálogo com a categoria. Uma audiência solicitada em 15 de
dezembro do ano passado pela diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais (SINDISERPUM) ainda aguarda uma resposta do Palácio da Resistência.
O prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) ignorou o tema
na leitura da mensagem anual, feita na manhã desta terça-feira, 1º, no plenário
da Câmara Municipal. Os professores não mereceram uma simples citação.
Conforme anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro
(PL), o novo piso nacional dos professores do ensino básico deve ter um
reajuste de 33,24%, conforme regras previstas na Lei do Fundeb. Até aqui, a
gestão municipal vem ignorando o assunto.
Já a reforma da previdência municipal, que é rejeitada
pelos servidores municipais, teve espaço na leitura de Allyson. Ele confirmou
que enviará à Câmara o projeto de lei que promove mudanças no regime
previdenciário local. Uma delas é o aumento da alíquota de contribuição dos
servidores, saltando dos atuais 11% para 14%.
De resto, a leitura não trouxe novidade. O prefeito voltou a repetir que recebeu Mossoró em calamidade e que já fez muito desde que assumiu o poder em 1º de janeiro de 2021.
Voltou a requentar obras que foram
anunciadas na gestão passada, como a reforma do Corredor Cultural (Praça da
Convivência, Memorial da Resistência, Teatro Dix-huit Rosado e Estação das
Artes), e a pavimentação asfáltica de dezenas de ruas e avenidas.
O prefeito também não citou as fontes de recursos que
bancam essas obras para não admitir, de público, que são oriundos do Finisa,
contratados na gestão da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (Progressistas), e de
emendas parlamentares do deputado federal Beto Rosado (Progressistas).
A mensagem da leitura do anual marcou o inicio do ano
legislativo na Câmara de Mossoró.
Fonte: Cezar Santos
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