Os professores da rede estadual de ensino do Rio Grande
do Norte rejeitaram a nova proposta do governo para implantação do novo piso
salarial do Magistério e vão continuar em greve por tempo indeterminado. A
decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira (24) em assembleia geral,
realizada em Natal.
A nova proposta apresentada pelo governo na audiência da quarta-feira (23) foi considerada insuficiente. O governo propôs implantar, em março, o reajuste de 33,24% para todos os professores que estejam abaixo do novo piso, retroativo a janeiro; e para os educadores que recebem, hoje, acima do novo piso, seria implantado o reajuste da seguinte forma:
- 14% em março,
- 4% em novembro;
- 12,38% em dezembro, chegando ao percentual fixado pelo piso do magistério.
Os aspectos jurídicos que envolvam o reajuste observarão
a legislação eleitoral e a lei de responsabilidade fiscal e o valor retroativo
deste reajuste será discutido no Núcleo de Ações Coletivas, grupo de trabalho a
ser formado pelo Governo do RN, sindicato e órgãos de controle.
“Dessa forma todos terão o piso garantido, conforme
sempre defendeu a governadora Fátima Bezerra. Estamos em permanente diálogo com
a categoria para que a melhor proposta seja aceita”, destacou o secretário
Getúlio Marques.
O Controlador-Geral do Estado, Pedro Lopes, destacou a
intenção do governo de garantir a aplicação da atualização do piso. “Pagar em
dia os salários dos servidores é um compromisso que temos e sempre buscaremos
conciliar os avanços e direitos de todas as categorias com a manutenção desta
conquista, pois, foi nesta gestão que os servidores passaram a ter o pagamento
sem atrasos”, frisou o controlador.
Os argumentos do governo não convenceram. Os professores
seguem em greve. A paralisação começou no dia 15 de fevereiro, no mesmo dia que
se iniciaria o ano letivo da rede estadual.
0 comentários:
Postar um comentário