Deixando claro
que não abrem mão dos 33,24%, a Rede Estadual rejeitou a proposta apresentada
pelo Governo para atualizar o Piso Salarial 2022. A decisão saiu durante
Assembleia virtual conduzida pelo SINTE/RN na tarde desta segunda-feira (07).
Considerada
desrespeitosa, a proposição do Executivo sequer foi colocada para votação. Esse
posicionamento resultou na manutenção do indicativo de greve, apontando que em
14 de fevereiro será deflagrado o movimento, conforme indicado na semana
passada. Deste modo, uma Assembleia vai marcar o início da greve. O encontro
acontece a partir das 8h, pela Plataforma Zoom.
Antes disso, na
quinta (10), o Sindicato vai comunicar oficialmente ao Governo a decisão da
Rede Estadual. O comunicado será feito durante audiência já marcada pelo
Executivo. Para pressionar, um ato será realizado pelo SINTE no local da
audiência.
PROPOSTA
Na última sexta,
04 de fevereiro, o Governo ofereceu implementar em março, para ativos e
aposentados, 13% dos 33,24%. O restante (20,24%) ficou em aberto.
De acordo com o
Executivo, a falta de recursos impede corrigir todo o índice de uma só vez.
Outra questão alegada foi a possível impossibilidade de parcelar o Piso ao
longo de 2022 por causa da Lei Eleitoral. Assim, o Governo prometeu consultar o
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para
obter um parecer acerca do que é possível fazer.
No entanto, o
SINTE/RN rebateu, apontando a existência de uma decisão judicial de 2018, já
transitada em julgado, que determina que o Governo deve cumprir o reajuste
integral do Piso, independente do período.
ENCAMINHAMENTOS
Oito encaminhamentos
foram aprovados após quase quatro horas de Assembleia virtual. São eles:
- Manter a proposta defendida pelo SINTE/RN para implementar o Piso (33,24%);
- Realizar um ato público no local da audiência marcada para quinta-feira (10);
- Mobilizar Regionais e núcleos;
- Realizar Assembleia com aposentados para discutir a questão do Piso;
- Propor ensino híbrido na Rede Estadual em virtude das altas taxas de contaminação da Covid-19;
- Manter o indicativo de greve;
- Realizar Assembleia virtual no dia 14/02, pela manhã; e
- Lutar pela reintegração da professora Mônica Morais.
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