QR Bode. Este é o nome de um invento criado por duas
alunas da Escola Estadual Sérvulo Pereira de Araújo Ensino Médio, localizada na
cidade de Bodó, na região da Serra de Santana, para resolver um problema da
região: garantir a identificação de bodes de uma forma mais segura e eficaz. A
região Nordeste concentra a maior parte do rebanho nacional de caprinos,
estimado em mais de 12,1 milhões de cabeças. O problema é que esses animais se
caracterizam por serem furtivos. Na produção, é constante a fuga de animais
para outras pastagens, o que exige marcação a ferro quente ou corte na orelha
para identificação, procedimento que pode resultar em infecção no local da
ferida.
A ideia das estudantes Graziela da Silva Bezerra e Maria Carolina da Silva Fernandes é simples: usar o plástico de garrafa pet para envolver miniplacas com QR Code. A miniplaca é colocada no animal presa em um colar. Para identificá-lo, basta fazer a leitura do código com o leitor de uma câmera de celular. Assim, é possível acessar todos os dados do animal: nome do proprietário, raça, idade, vacinas e medicamentos, por exemplo. Segundo Graziela, essa forma de identificação também facilita o controle do rebanho nos abatedouros.
O projeto é um dos destaques da 20ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), que acontece até o dia 26 de março pela Plataforma FEBRACE Virtual. Neste ano, estão em exposição 497 projetos finalistas, desenvolvidos por estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de 333 escolas de todo o Brasil.
Os projetos serão julgados por professores universitários
e especialistas, que farão a avaliação em teleconferências fechadas. Os autores
dos melhores projetos, nas diversas categorias, ganharão troféus, medalhas,
bolsas e estágios, num total aproximado de 300 prêmios e oportunidades no
Brasil e no exterior. Também serão selecionados nove projetos para a Regeneron
ISEF, a maior feira internacional de ciências do mundo que acontece em maio,
nos EUA.
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