Pródiga em mentir, a gestão Allyson Bezerra
(Solidariedade) mudou, mais uma vez, o (falso) discurso para se isentar da
obrigação legal de pagar aos professores da rede municipal de ensino de Mossoró
o reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério. Mesmo com a
mudança em algumas pequenas ações para postergar o cumprimento da lei, a
administração segue embromando, ludibriando, tapeando.
Inicialmente, o prefeito Allyson Bezerra bradava
aos quatro ventos que o direito do professor era sagrado e que seria
respeitado. Não cumpriu com o que prometeu. Cometeu crime e pecado ao mesmo
tempo.
Depois, em um ato de desinformação e deselegância, o
prefeito acusou o presidente Bolsonaro (PL) – até então seu ídolo inatacável –
de ter feito “bondade com o chapéu alheio”. Ficou insatisfeito porque Bolsonaro
publicou, desnecessariamente, um diploma legal supostamente garantindo a
legalidade do reajuste do piso. Esse benefício, registre-se, é garantido pela
Lei 11.738/2008.
Como as lorotas anteriores não pegaram, uma nova patranha
foi engendrada. Dessa vez, a partir do núcleo jurídico do governo, tentou se
fazer valer a narrativa de que não há legislação que obrigue a prefeitura de
Mossoró a pagar o reajuste do piso. Uma intrujice. Não pegou, porque Allyson
parece não saber, mas há em Mossoró gente tão – ou mais inteligente – que ele e
os que o assessoram.
Agora, a alicantina da vez é convencer que a prefeitura
já paga o piso. Ontem, para ganhar tempo e a admiração de desavisados, fez
reunir secretários, vereadores e o sindicato dos servidores para dizer que a
prefeitura já paga o piso (foto).
Vejam só, em 2020, o índice de reajuste foi de 12,84%.
Naquela ocasião, a gestão Rosalba Ciarlini (PP) dizia que pagava o piso, e o
ético, honesto e combativo deputado Allyson Bezerra, pré-candidato a prefeito,
dizia que não. Mais que isso, gritava aos quatro ventos que independente de
qualquer coisa, era obrigação de qualquer gestor pagar o reajuste.
Percebam: em 2020, Mossoró, na versão de Allyson, não
pagava o piso. No ano passado, não houve reajuste, portanto, a prefeitura
seguiu sem pagar o benefício. Esse ano, no entanto, como num passe de mágica,
Allyson quer que todos acreditem em sua retórica farsante de que o piso está
sendo cumprido pelo município. Não vai convencer. Porque é gazopa,
invencionice, enrolação. Inverdade que só propaga quem é bem remunerado –
oficial ou oficiosamente – para disseminar as caraminholas palacianas.
Fato é que de astúcia em astúcia, de burla em burla, de
trapaça em trapaça, o prefeito de Mossoró, nas rasteiras tentativas de se
eximir de suas responsabilidades, vai se apresentando para os mossoroenses como
um embuste.
Fonte: Nabocadanoite
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