Nesta quinta-feira (3) o Governo do Estado e o Sindicato
dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte/RN) devem agendar uma nova
reunião para dar continuidade às negociações sobre a implantação do novo piso
salarial do magistério. É mais um passo na tentativa de pôr fim à greve que
começou há pouco mais de 15 dias e que afeta cerca de 45% das escolas da rede
no Rio Grande do Norte, de acordo com informações da Secretaria de Estado da
Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC).
Apesar de estimar o número de escolas que aderiram à greve de alguma forma, a pasta não tem uma estimativa de quantos alunos são afetados pelo movimento. “O que dificulta projetar o número de estudantes prejudicados pela greve é que, nessas instituições, a greve é total ou parcial, com alunos em aulas de alguns professores que não aderiram a greve”, informou a SEEC.
Os impasses sobre a maneira como o Executivo estadual planeja fixar o novo piso salarial, contudo, permanecem. “Na última semana, o Governo do RN apresentou uma nova proposta para concluirmos as negociações, ela foi rejeitada pela categoria”, informou a pasta.
A SEEC explicou que segue aguardando uma contraproposta do Sinte e que, diante do que for exposto nas próximas discussões, a proposição do Governo poderá ser revista. “Aguardamos, ainda nesta semana, uma nova reunião para buscarmos um entendimento”, esclareceu a Secretaria.
O Sinte disse que a expectativa é de uma audiência nesta sexta-feira (4) com o Governo do Estado, às 10h e à tarde, uma assembleia será convocada com os professores para que as deliberações do encontro sejam discutidas.
De acordo com a SEEC, todos os professores que paralisaram suas atividades terão que apresentar, ao término da greve, um calendário de reposição de aulas.
“Essa orientação será acompanhada pelas equipes pedagógicas das diretorias regionais de ensino e os calendários validados pelo setor de inspeção escolar da SEEC. A reposição deve cumprir com o dever constitucional dos estudantes, que é ter 200 dias letivos”, pontuou a Secretaria.
A falta de aulas, mesmo que ainda no início, já provocou impactos na confiança dos estudantes ouvidos pela reportagem, no que diz respeito ao Exame Nacional do Ensino Médio. “Sem aulas, a confiança baixa um pouco, mas, espero que as escolas retornem rapidamente”, afirma Gustavo.
Professores negociam reajuste do piso salarial
Desde que as negociações em torno da atualização do piso
salarial dos professores começaram, diversas audiências foram realizadas entre
a categoria e representantes do Governo do Estado. As discussões tiveram início
antes da deflagração da greve, no último dia 15 de fevereiro. Os trabalhadores
têm recusado as propostas do Executivo estadual de escalonar a implantação do
novo piso (de 33,24%, conforme previsto pelo Governo Federal).
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