Os rumores sobre o aumento exagerado do espaço no governo
Fátima Bezerra para o grupo do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel
Ferreira (PSDB), tem causado inquietação entre apoiadores da governadora. “Do
jeito que a situação foi resolvida, não vai sobrar nada nem para o PT”, disse a
Gazeta um aliado da governadora.
A ampliação desse espaço teria sido a forma que a
articulação política de Fátima encontrou para neutralizar Ezequiel, após o
avanço que a oposição vinha conseguindo no encaminhamento de uma chapa que
teria Ezequiel candidato ao governo e o deputado Walter Alves (MDB), vice.
O presidente da Assembleia nunca disse que seria
candidato. No entanto, também nunca fez questão de estancar as especulações em
torno da construção de uma chapa competitiva tendo seu nome na cabeça. “Ele fez
“patim” e a governadora ficou preocupada com a chance real”, disse o petista.
A governadora ainda vinha enfrentado desgaste com a forma
como descartou o senador Jean Paul Prates (PT) do seu direito legítimo de concorrer
à reeleição, para dar a vaga ao ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves
(PDT), para que pudesse se candidatar ao Senado e assim sair do páreo ao
governo. Também, tenta convencer a militância sobre a necessidade de formatar a
já chamada chapa “alvejante”, com outro Alves, o deputado Walter, para vice.
A propósito, sobre essa questão, correntes petistas onde
estão inseridas a deputada estadual Isolda Dantas e a deputada federal Natália
Bonavides, aderiram a um levante, exposição de resistência que têm contribuído
inclusive para elevar os índices das parlamentares nas pesquisas. Essa
manifestação de descontentamento está deixando à militância petista tímida, em consequência do amparo a dita oligarquia.
Enquanto isso, projeções políticas dentro e fora das
hostes governistas com base em pesquisas, miram em evitar o surgimento de uma
chapa que possa surfar no desgaste administrativo do governo Fátima Bezerra, em
contraponto à estabilidade dos números indicando cotação dela no rumo de
consolidar a reeleição. A governadora não consegue se distanciar positivamente
do patamar que iniciou o processo mesmo sem a definição de um nome que unifique
a oposição.
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