O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
que mede a inflação oficial, registrou taxa de 1,62% em março deste ano. O
indicador ficou acima dos observados no mês anterior (1,01%) e em março do ano
passado (0,93%). Essa é a maior taxa para um mês de março desde a implantação
do Plano Real, em 1994.
O dado foi divulgado ontem (8) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA acumula taxa de 3,20% no ano. Em 12
meses, o acumulado chega a 11,30%, acima dos 10,54% de fevereiro.
O principal impacto na inflação de março veio dos transportes, que subiram
3,02% no mês. A taxa foi puxada pela alta nos combustíveis, que subiram 6,70%
no período. A gasolina foi o item de maior impacto no IPCA de março (6,95%).
Outros combustíveis com alta de preços foram o óleo diesel (13,65%), gás
veicular (5,29%) e etanol (3,02%). Também tiveram aumento itens como transporte
por aplicativo (7,98%), seguro voluntário de veículo (3,93%) e conserto de
automóvel (1,47%).
Em seguida, aparecem os alimentos, com alta de 2,42%, puxada por itens como
tomate (27,22%), cenoura (31,47%), leite longa vida (9,34%), óleo de soja
(8,99%), frutas (6,39%) e pão francês (2,97%). A refeição fora de casa subiu
0,65%.
Oito dos nove grupos tiveram alta de preços: vestuário (1,82%), habitação
(1,15%), saúde e cuidados pessoais (0,88%), despesas pessoais (0,59%), artigos
de residência (0,57%) e educação (0,15%). Oúnico com queda foi comunicação,
com -0,05%.
Estadão Conteúdo
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