A formação de chapas competitivas para as eleições de
outubro, aproveitando a janela partidária para a formação de nominatas,
terminou alterando, substancialmente, a configuração dos partidos com
representação política na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Metade
dos 24 deputados estaduais aproveitaram a janela partidária de 30 dias,
encerrada na sexta-feira (1º), para a troca de partidos sem correr o risco de
perda de mandatos. O movimento de novas filiações partidárias dos deputados
estaduais reduziu em 36,3% o número de partidos na Assembleia, que caiu de
11 legendas para sete. Cinco partidos deixaram de ter bancada na ALRN:
MDB, que tinha dois deputados; PROS, DEM, PSC e Republicanos, que contavam com
um deputado, cada.
Outros partidos diminuíram o número de parlamentares. O Partido Liberal (PL) perdeu os três deputados que tinha, mas filiou o deputado Coronel Azevedo (PSC). O PSB tinha dois deputados, ficou com um, o deputado Souza Neto, que decidiu não disputar a reeleição por questões familiares e o PSD, que também tinha três deputados, também perdeu dois e passou a contar apenas com o deputado Jacó Jácome, que, segundo fontes, não disputará a reeleição.
De 11 partidos representados antes da janela partidária, continuam com a mesma bancada: o PT, com os deputados Isolda Dantas e Francisco do PT e o Solidariedade, com os deputados Cristiane Dantas, Subtenente Eliabe e Kelps Lima, que não será candidato à reeleição, pois decidiu disputar uma das quatro cadeiras a deputado federal pelo Rio Grande do Norte. Já o PSDB não perdeu nenhum deputado. Cresceu. Tinha cinco, filiou mais sete, e termina a janela partidária com 12 parlamentares, no atual mando.
Por outro lado, o Partido Verde (PV), que não elegeu deputados nas eleições de 2018, passou a contar com quatro parlamentares na recomposição das bancadas da Assembleia – deputados George Soares (ex-PL), Eudiane Macedo (ex-Republicanos), Vivaldo Costa (ex-PSD) e Hermano Morais (ex-PSB).
Mudanças anteriores
No decorrer da atual legislatura (62ª), outros eventos
políticos já haviam induzido mudanças nas bancadas da Assembleia Legislativa,
como a incorporação e fusão de partidos que não ultrapassaram em 2018 a
cláusula de barreira (número mínimo exigido de votos para ter acesso ao fundo eleitoral
e tempo de propaganda em rádio e TV). Em 2019, a deputada Cristiane Dantas
trocou o PPL pelo Solidariedade e ainda os deputados Ubaldo Fernandes e Eudiane
Macedo deixaram o PTC pelo PL e Republicanos, respectivamente, e Souza Neto,
eleito em 2018 pelo PHS transferiu-se para o PSB.
Por questões internas dos partidos, Hermano Morais havia se desligado do MDB e ingressara no PSB, e os deputados Kleber Rodrigues e Dr. Bernardo, eleitos pelo Avante, filiaram-se depois ao PL e MDB. Coronel Azevedo começou o mandato no PSL, foi para o PSC e agora é PL.
Depois, o deputado Sandro Pimentel foi cassado,
substituido por Jacó Jácome e, em 2021, o eleito prefeito de Mossoró, Allyson
Bezerra cedeu a vaga ao Subtenente Elíabe.
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