Os números foram destaque no Jornal Nacional da última sexta-feira e ontem publicados na Tribuna do Norte.
O RN não está bem na foto quando o assunto é educação.
Tem as piores marcas de evasão escolar, ou seja, de aluno fora de sala de aula e de reprovação. São números incontestáveis e não acusação vazia da oposição.
Está posto e é mais chocante porque o RN pela primeira vez é governador
por “uma professora de origem popular”, que nada diz ou se manifesta sobre este
quadro sofrível de nossa História.
Zero indignação, zero explicação, zero empatia, zero compromisso com uma
causa que sempre foi dela, a sindicalista professora que tinha uma bandeira
também inquestionável e legítima.
O Rio Grande do Norte registrou a maior taxa de reprovação (10,7%) e abandono escolar (14,7%)
do Ensino Médio em todo o Nordeste.
Na outra ponta, a taxa de aprovação é a menor da região (74,6%).
O Estado tem a segunda menor taxa de aprovação do País, com
aproveitamento melhor apenas do que o Pará, que registrou índice de 73,3%.
Em relação ao abandono de estudantes do Ensino Médio, o Rio
Grande do Norte está em segundo lugar no ranking nacional. A taxa do Estado, de
14,7% só não é pior do que o índice do Pará, que registra 15,6% de abandono
escolar.
Em se tratando de reprovação, o Estado está em sexta colocação no Brasil. Com
desempenho pior do que o RN, que tem índice de 10,7%, estão Amapá (15,4% ),
Mato Grosso do Sul (13,8%), Mato Grosso (12,3%), Santa Catarina (12,1%) e
Distrito Federal (11%).
Com a palavra o secretário Getúlio Marques, que responsabiliza a crise
econômica herdada do Governo anterior e diz:
“Em 2019, tivemos dificuldade financeira.
O Estado estava em situação
de calamidade e tivemos que investir menos em algumas áreas.
Com isso, um grande número de
alunos ficou prejudicado na pandemia, especialmente aqueles de cidades com
pouca estrutura.
Muitos não tiveram acesso à
internet e, para isso, nós utilizamos a televisão, que não teve o mesmo
impacto”.
Mas a promessa não promete ser solução nos próximos
dias/meses.
Para buscar reverter o cenário, o secretário Getúlio Marques sublinha
que programas de busca estão sendo empreendidas no sentido de trazer o
estudante de volta à sala de aula. No que diz respeito aos níveis de aprovação
e reprovação escolar, a aposta é em formação para os professores e em
tecnologia.
E se é pra falar de retrovisor, convém lembrar o que a professora
candidata, Fátima
Bezerra (PT) prometia para Educação em 2018:
"Vou ajudar aos municípios, para que tenhamos
mais creches, mais ensino fundamental, mais educação de tempo integral. E, para
tanto, nós vamos lutar incansavelmente pelo novo Fundeb, para que os estados e
municípios, especialmente do Nordeste e do Norte, possam cumprir com as metas
de expansão, fortalecimento e melhoria da qualidade da educação no nosso
estado”.
O FUNDEB saiu do papal, foi aprovado pelo Congresso e
sancionado pelo Presidente Jair Bolsonaro (PL), mas o resto segue como
dantes. Aliás, pior.
O que
será que vai prometer para Educação do RN a governadora professora candidata a
reeleição ?
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