O deputado estadual Subtenente Eliabe Marques
(Solidariedade) criticou o governo do Estado nesta quarta-feira (11) por
requisitar policiais militares para trabalharem na Governadoria, desfalcando
batalhões pelo Rio Grande do Norte afora. O parlamentar condenou o desvio de
funções dos agentes de segurança e citou que há policiais trabalhando até como
garçom em outras repartições públicas.
Em entrevista ao programa “12 em Ponto”, da 98 FM, Eliabe
comentou que o 4º Batalhão da Polícia Militar, que cobre a populosa região da
Zona Norte, com cerca de 350 mil habitantes, tem apenas 240 policiais, enquanto
só na Governadoria há, segundo ele, 100 agentes de segurança com desvio de
função.
“O desvio de função nas corporações, seja Polícia Militar
ou Polícia Civil, traz transtornos enormes à população. Quero até trazer um
dado. Sabe onde tem mais policial cedido com desvio de função? Na Governadoria.
O Gabinete Civil talvez tenha, proporcionalmente, mais policiais do que
determinados batalhões. Por exemplo, o da Zona Norte. Com 353 mil habitantes,
tem 240 policiais. Na Governadoria, tem mais de 100 policiais com desvio de
função”, afirmou o deputado.
O parlamentar sugeriu que órgãos como Governadoria,
Assembleia Legislativa e Ministério Público só requisitem policiais que já
estejam na reserva remunerada. Esse projeto, segundo ele, começou na gestão do
coronel Francisco Canindé de Araújo quando era comandante da Polícia Militar,
mas não teve continuidade. Hoje, Araújo é secretário estadual de Segurança
Pública e Defesa Social.
“A Assembleia Legislativa tem uma situação bem
interessante. A maioria dos policiais é da reserva. Se quer ter policiais
preparados, convoque o pessoal da reserva para fazer esse serviço. Não tira das
ruas. Tem policiais altamente experientes em segurança pública, que fizeram
curso no exterior, mas que estão no Ministério Público, no TJ…”, afirmou.
Ainda segundo Subtenente Eliabe, há policiais cedidos que
estão exercendo até a função de garçom. “Um absurdo”, finalizou.
Procurada, a Secretaria Estadual de Segurança Pública
(Sesed) ainda não se manifestou.
Veja vídeo aqui:
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